Roundup Glifosato

Roundup é um herbicida à base de glifosato, o agrotóxico mais vendido no país e no mundo, originalmente fabricado pela Monsanto.  Empresa que foi comprada em 2018 pela Bayer, uma das principais indústrias de agroquímicos (sementes, fertilizantes e agrotóxicos) do mundo. Sediada em Leverkusen, Alemanha, sua participação no Brasil só perde para a Syngenta, com sede na Suíça.

Os agrotóxicos mais consumidos no Brasil – o país que consome agrotóxicos no mundo – são todos produzidos localmente, orgulho nosso. A cada ano são batidos os recordes de liberação de novos produtos por aqui, enquanto nos países de origem das mesmas empresas seu consumo é altamente controlado e muitas vezes proibido. 

Not in my backyard! Não no meu chão! 

Motivo da proibição? Alta periculosidade no manuseio, contato e consumo de seus componentes. Alguma contradição? Os alimentos produzidos são exportados para consumo na União Europeia.

Chave importante do problema é o modelo produtivo baseado no agronegócio de monocultivo, sempre em larga escala e com desejado alto rendimento. A concentração de terras em poucas mãos é a via das grandes plantações de um único alimento que, em grande medida, é exportado. Soja, milho, café, citrus estão entre as lavouras para as quais o Roundup tem registro de uso. 

95% da soja plantada no Brasil é transgênica, e dentre as sementes modificadas estão as RR ou Roundup Ready, prontas para o herbicida. Acoplamento perfeito, não fossem os muitos problemas associados ao consumo desses venenos: contaminação do solo e da água, desequilíbrio ambiental, como a ameaça de extinção das abelhas, e aumento das taxas de câncer, Alzheimer e alterações no sistema nervoso de humanos.

Veneno, agrotóxico, pesticida, herbicida, todos são agora chamados de defensivos ou fitossanitários… O agro não é pop?

Da terra da qual tudo se arrancava e se levava, agora a biodiversidade se limita.